Nossa História

História da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional São Paulo

Embora não haja registros escritos da criação da Regional SP, segundo a memória de Alfredo Barros — Mastologista, Professor livre-docente e de pós-graduação da FMUSP, ex-presidente da SBM Nacional e da Federação Latino-Americana de Mastologia — e dos mastologistas mais antigos, a Regional nasceu no final dos anos 1970, tendo sido seu primeiro presidente Dr. Alberto Mendes, radiologista de Mama dos Hospitais A. C. Camargo e Servidor Público Estadual. Nesse primeiro mandato ocorreram apenas encontros para troca de ideias entre alguns líderes e cadastro dos primeiros sócios. O segundo presidente, ainda segundo Dr. Alfredo, que esteve presente desde o nascimento de toda a história, foi Prof. Antônio Franco Montoro, em meados de 1979. Ainda sem diretoria, fazia contato com a SBM Nacional para obter atualização científica, representando o Estado de SP junto a ela. O escritório onde realizavam as atividades científicas e as reuniões era sua própria clínica, uma vez que Montoro foi pioneiro em fundar, em 1978, uma clínica exclusiva de mastologia no Brasil. Destes encontros participavam poucos membros, como o próprio Dr. Alfredo, com a intenção de captar mais sócios e estabelecer relacionamento com os principais serviços que atendiam maior volume de pacientes e dedicavam-se também ao ensino de cirurgias mamárias. Ao final de seu mandato, Montoro convocou uma eleição para a nova diretora da regional, sendo candidato único o Prof. Fausto Farah Baracat, que apresentou uma chapa completa, com os vários cargos da diretoria, conforme instrução da SBM Nacional, e assim saiu “vencedor”.

Antes de existir formalmente, a mastologia paulista era feita por encontros isolados, pequenas reuniões clínicas e pelo desejo de alguns mestres de organizar e compartilhar saberes. Com poucos recursos, mas muito entusiasmo, surgiram os primeiros encontros regulares — o embrião da SBM-SP. O objetivo era implementar tratamentos modernos na rede pública, fortalecer pesquisa clínica e garantir para as mulheres tratamento baseado em ciência.

Marcos da década

• Criação da SBM-SP, com início de reuniões científicas presenciais no Hospital Oswaldo Cruz e estatuto próprio.
• Foco na padronização de condutas clínicas. Formação dos primeiros vínculos institucionais na especialidade, como com IBCC, Unifesp e Pérola Byington.
• Apoio à formação de grupos de estudo e criação de boletins institucionais.
• Intercâmbio internacional com Milão em 1988: organização de uma comitiva brasileira com mais de 40 profissionais para aprofundar técnicas cirúrgicas no Istituto Nazionale dei Tumori di Milano.
• Mudança de paradigma cirúrgico: início da substituição de mastectomias radicais por cirurgias conservadoras baseadas em evidências.

As ações iniciais de Prof. Antônio Franco Montoro, Prof. Fausto Farah Baracat e Prof. João Sampaio Goes representam etapas fundamentais e complementares da história da SBM-SP. Seus desafios ainda eram estabelecer a mastologia como especialidade, ocupar espaço, trabalhar com a melhor evidência científica e manter a comunidade de mastologistas sempre atualizada. Essa trajetória só foi possível pela atuação de diretorias engajadas com os resultados: os secretários e tesoureiros foram brilhantes em suas funções para que a SBM-SP se consolidasse.